As 8 aldeias mais bonitas do Douro Vinhateiro

As 8 aldeias mais bonitas do Douro Vinhateiro

1. Provesende

Provesende é uma encantadora freguesia localizada no belo concelho de Sabrosa, na fértil região demarcada do Douro, onde se produz o afamado vinho do Porto. Situada num pequeno plateau, com vista para o belo rio Pinhão , esta é uma região de grande beleza natural, pautada pela forte tendência rural que tem subsistido ao longo dos séculos, sobretudo desde a criação da região demarcada do Douro, no século XVIII. Este é um local de antiga ocupação humana, como atestam os vestígios de um Castro Lusitano, que ainda hoje vale a pena visitar pelo belo panorama que apresenta.

 

Diz-se que o topónimo Provesende virá da antiga Lenda de Zaide. Zaide seria um Mouro, irmão de Jahia rei de Toledo, que habitaria no altaneiro Castelo de São Domingos, nas imediações de Provesende, antes conhecida como San Joanes. Certo dia o Castelo foi atacado pelas forças Cristãs, dando-se um massacre, perecendo todos os Mouros que ali habitavam, escapando-se o rei Zaide que, não obstante, foi apanhado mais à frente enquanto fugia, sendo torturado e assassinado. No momento de transe e sofrimento terá sido exclamado “Prove Zaide, prove Zaide!”, originando daí o topónimo “Provesende”. Vale a pena percorrer as típicas e calmas ruas de Provesende, onde encontramos o antigo Pelourinho, a barroca Igreja Matriz, a Fonte do século XVIII e as várias casas senhoriais e brasonadas, como as Casas da Praça, de Santa Catarina, do Campo, do Santo, dos Ribeiros, entre tantas outras que atestam o poderio económico dos férteis terrenos da região, que vêm na vinicultura a sua maior subsistência.

 

2. Favaios

 

 

Favaios é um aldeia pertencente ao concelho de Alijó, na região Norte do País, situada no sopé da bonita Serra do Vilarelho, tipicamente Transmontana. Esta aldeia de feição rural, de solos tão férteis, vê na viticultura a sua principal actividade, produzindo-se aqui um famoso vinho Moscatel que leva o nome da freguesia e desta região demarcada mais além. As origens desta freguesia são bem antigas e perdidas no tempo, pensando-se que aqui terá já existido durante os séculos I e II da nossa era uma comunidade Romana, provavelmente denominada de “Flavius”, tendo sido também povoada por Mouros, e posteriormente reconquistada nos inícios da formação da Nacionalidade Portuguesa.

 

Esta aldeia orgulha-se do seu interessante Património, de onde se destacam o que resta ainda hoje do Castelo Romano, maioritariamente troços das muralhas, e também da Igreja Matriz de São Domingos do século XIX, das Capelas de São Paio do século XVII, da de Santo António também do século XVII, da do Senhor Jesus do Outeiro (século XIX), da de Santa Bárbara de onde se desfruta uma vista fenomenal, ou mesmo da Quinta de São Jorge que alberga uma interessante Capela Românica. De facto, na região de Favaios não faltam as muitas casas Brasonadas e Solares, marcando a importância dos terrenos férteis na economia da região, muitas delas pertencentes aos grandes produtores dos afamados vinhos. Na calmaria da Serra do Vilarelho, e respirando um ambiente puro e rural, Favaios é conhecida também pela produção de Pão de qualidade, a segunda principal actividade da aldeia, a seguir ao tão cotado Vinho.

 

3. Ucanha

Ucanha é uma aldeia pertencente ao concelho de Tarouca, e classificada em 2001 como Aldeia Vinhateira do Douro. O nome Ucanha deriva de Cucanha, forma usada até ao século XVII, e que significa casebre ou lugar de diversão. Ucanha foi vila e sede de concelho até 1836, quando foi integrada no concelho de Mondim da Beira. A integração no actual município de Tarouca data de 1898. A aldeia fica localizada numa encosta que desce até ao rio Varosa (ou Barosa). O vale limitado pelas colinas arborizadas da Serra de Santa Helena apresenta um bonito enquadramento paisagístico.

O principal ponto de interesse é a Torre de Ucanha, classificada desde 1910 pelo IPPAR como monumento nacional. A Torre proporcionava funções de defesa junto à ponte medieval, o controle de pessoas e bens e ainda a cobrança de portagens, cujos rendimentos beneficiavam o couto monegástico de Salzedas. As portagens foram contudo abolidas em 1504 e a torre perdeu grande parte da sua importância tendo o edifício entrado em declínio e usado como armazém de produtos. A ponte porém continuou a ser usada sendo um dos principais pontos de passagem do rio. Entre a antiga ponte e a nova existe uma praia fluvial.

 

4. Salzedas

Salzedas é uma freguesia portuguesa do concelho de Tarouca. O nome Salzedas provém do latim Saliceta que significa salgueiral, vegetação muito abundante nas margens do rio Varosa, que por ali corre. É de povoamento muito antigo. Por aqui passaram Lusitanos e Romanos, Suevos e Visigodos e, mais tarde, Muçulmanos.

 

A génese da sua história remonta ao lugar a que hoje se dá o nome de Abadia Velha e a sua povoação cresceu em torno do Convento de Santa Maria de Salzedas. O grande ex-libris é o Mosteiro Cisterciense de Santa Maria de Salzedas mandado erigir por D. Teresa Afonso, mulher de Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques. De estrutura românica, completamente remodelado no século XVIII e a sua igreja sagrada no século XIII, representa um dos mais ricos e emblemáticos mosteiros de Portugal.

 

5. Trevões

Localizada no concelho de São João da Pesqueira, distrito de Viseu, a aldeia de Trevões é uma povoação com cerca de 21,55 km² de área e 540 habitantes (2011) que faz parte do roteiro das Aldeias Vinhateiras do Douro. Este roteiro, lançado em 2001 teve como objectivo principal a regeneração e valorização das aldeias do Douro Vinhateiro, através da revitalização sócio-económica, da fixação da população e a aposta no turismo.

 

Esta aldeia possui edifícios classificados como imóveis de interesse público e monumentos nacionais, como reflexo da sua outrora importância política na região, tendo sido sede de concelho entre o séc.XII e o séc. XIX, e constitui actualmente um interessante pólo turístico da região vinhateira do Douro, pela paisagem em que se insere e pela sua arquitectura que atravessa diversas épocas e estilos.

 

6. Barcos

Esta aldeia, famosa pelas suas belas vistas e pela igreja românica que ali existe, situa-se 10 km a sul do Douro e 5 km a oeste da sede do concelho, Tabuaço. Foi habitada desde tempos imemoriais, como comprova o castro de Sabroso, hoje dominado pela Capela de Nossa Senhora de Sabroso. Importante centro populacional na Idade Média, foi sede de concelho até ao século XIX e desse legado histórico guarda a Casa da Câmara, o Pelourinho e a Roda dos Expostos.

 

A igreja matriz, dedicada a Nossa Senhora da Assunção, é um dos melhores exemplos da arquitectura tardo-românica, apresentando interessantes pórticos, com especial relevo para aquele que se encontra virado a sul numa das fachadas laterais. Na Primavera, vale a pena apreciar a vista sobre os campos de cultura que descem para o Douro. A aldeia está abrangida pelo recente Programa das Aldeias Vinhateiras do Douro.

 

7. São Xisto

Situada no coração da região classificada pela UNESCO como Património Mundial, São Xisto é um local encantado sobre o rio Douro! Localizada em Vale de Figueira, concelho de São João da Pesqueira, a aldeia é dominada por uma paisagem de cortar a respiração! Para apreciar esta aldeia, bastaria olhar em redor para os montes e vales, o Douro ali tão perto, tradicionais muros de pedra e os socalcos típicos das vinhas nas margens deste rio. Mas os seus encantos não ficam por aqui…

 

Deixe-se deslumbrar, também, pelo património diverso desta bonita aldeia, que passam pela Capela de São Xisto, o Mirante Anjo Arrependido, a Fonte Centenária e as diversas casas típicas em xisto. Os locais a visitar, num passeio sem pressas, passam ainda pelos inevitáveis lagares de azeite e de vinho, ou não estivéssemos nas margens do Douro. O cais fluvial do Douro e a estação ferroviária de Ferradosa conferem ainda mais encanto a este local. A aldeia de São Xisto possui particularidades muito específicas ligadas à importância da vinha. Aqui domina, como o próprio nome indica, o xisto, a contrastar com o granito que toma conta da margem oposta.







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