O elevador é o primeiro do género na Península Ibérica e o único no mundo em funcionamento com um sistema de contrapeso de água, que é o mesmo que dizer que usa a força da água para que as cabines subam e desçam a longa rampa até ao Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga. É, desde 2019, parte da classificação de Património Mundial atribuído pela UNESCO ao santuário e também monumento de interesse público.
O elevador é o primeiro do género na Península Ibérica e o único no mundo em funcionamento com um sistema de contrapeso de água, que é o mesmo que dizer que usa a força da água para que as cabines subam e desçam a longa rampa até ao Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga. É, desde 2019, parte da classificação de Património Mundial atribuído pela UNESCO ao santuário e também monumento de interesse público.
Para se rumar ao santuário podemos utilizar três vias: a estrada; o escadório, símbolo da ascensão, da transcendência para o divino, percurso sagrado da Via-Sacra; e o ascensor. Sobre os flancos da pitoresca montanha, onde os passos dolorosos da paixão estão ordenados no poema do sacrifício de Cristo, está assente o famoso ascensor do Bom Jesus, que sobe um desnível de cento e dezasseis metros por um plano inclinado de duzentos e sessenta e sete metros.
Operado pela Confraria do Bom Jesus do Monte, liga a parte baixa da montanha ao Santuário, seguindo um percurso paralelo ao do escadório, terminando, na parte mais alta, junto à estátua equestre de São Longuinhos.
Sendo o primeiro funicular construído na Península Ibérica, é atualmente o mais antigo, em serviço, no mundo a utilizar o sistema de contrapeso de água.
Deve-se esta iniciativa a um dos mais importantes benfeitores desta formosa estância, ao espírito empreendedor e bairrista de Manuel Joaquim Gomes, empresário bracarense, um homem que no século XIX melhor soube compreender o que era o verdadeiro progresso, empregando a sua inteligência na criação de empregos.
O ascensor foi construído com o objetivo de substituir a Companhia de Carris de Ferro Americano (veículos sobre carris puxados por cavalos), que originalmente se estendia até ao santuário e que obrigava a uma tração animal reforçada na íngreme subida, em dias de maior afluência.
O projeto foi da autoria do engenheiro suíço Nikolaus Riggenbach que, a partir do seu país enviou todas as indicações necessárias para a execução e instalação dos equipamentos.
Os trabalhos foram iniciados em março de 1880, com colaboração técnica do engenheiro português de ascendência francesa Raul Mesnier du Ponsard que, no local, superintendeu os trabalhos.
O dia 25 de março de 1882 fica também nos anais do Bom Jesus, pois está associado à inauguração do elevador, um exemplar classificado como Imóvel de Interesse Público e que funciona como ícone da engenharia portuguesa do século XIX.