O Convento de Tomar é um monumento maravilhoso e formidável de inestimável prestígio e valor que é reconhecido mundialmente como o CONVENTO DE CRISTO. Além de gerar receitas importantes, também pode ser uma grande força motriz para o desenvolvimento regional e nacional e, ao mesmo tempo, servir como um unificador da identidade nacional.
O Convento tem sido um lugar mítico desde a fundação do castelo dos Cavaleiros Templários por Gualdim Pais, permanecendo no imaginário como a casa dos ditos cavaleiros. Também é mítico porque, nos aposentos do palácio, o Infante Henrique, o Navegador, desenvolveu a sua estratégia para as expedições portuguesas de descoberta. Foi também aqui que D. Manuel deixou as marcas da sua visão imperial sobre o mundo, antes de João III impor a sua visão de retiro espiritual e clausura. Este foi também o local escolhido por Filipe II de Espanha para assinalar simbolicamente a sua chegada ao poder em Portugal e foi também aqui que algumas das tragédias dos séculos XVIII e XIX ocorreram no contexto das invasões napoleónicas e da Revolução Liberal.
Esta rica história, no entanto, não impediu longos períodos de abandono, particularmente até meados do século XX, que mais recentemente foram seguidos por campanhas de restauração e obras de conservação para todo o complexo arquitetônico e seus arredores.