Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova
A Capela da Boa Nova, também conhecido por Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova, fica situado na freguesia de Terena (São Pedro), concelho de Alandroal, distrito e arquidiocese de Évora.
Apesar das múltiplas dúvidas que se colocam a respeito da origem, construção e funcionalidade da igreja da Boa Nova de Terena, está para além de qualquer dúvida o estatuto desta obra como uma das mais importantes de quantas se realizaram em Portugal durante o século XIV. Com o grande monumento de Flor da Rosa e, parcialmente, com a fase gótica da igreja de Vera Cruz de Marmelar, a Boa Nova integra a tipologia de "igrejas-fortalezas", categoria histórico-artística que pretende diferenciar entre as construções religiosas fortificadas (como Leça do Balio) e as verdadeiras fortalezas, cuja planimetria, volumetria e espacialidade obedece, em tudo, a pressupostos militares
Palácio de Dom Manuel em Évora
O Palácio de Dom Manuel, sito em Évora, Portugal, outrora conhecido por Paço Real de S. Francisco foi mandado construir por D. Afonso V, que desejava ter na cidade um paço real fora do castelo para se instalar. O paço, habitado por vários monarcas portugueses, entre os quais D. Manuel I, D. João III e D. Sebastião, perdeu-se definitivamente no ano de 1895, tendo sido mandado destruir em 1619, aquando da visita de Filipe III ao país, que mandou destruir o palácio em pról da comunidade.
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Palácio de D. Manuel é o que resta do grande conjunto palaciano de S. Francisco, pois foi a partir do Convento de S. Francisco que se desenvolveu o novo e grandioso Paço Real de Évora, que passou a alojar a corte e onde teve lugar o casamento do infante D. Afonso, filho de D. João II, com a Infanta Isabel de Castela em 1490. Coube ao rei D. Manuel I, o Venturoso, que subiu ao trono em 1495, imprimir ao conjunto monumental a grandiosidade e a beleza arquitetónica que ostentava.
O paço era, segundo crónicas da altura, um dos edifícios mais notáveis do reino, tendo como principais construções o claustro da renascença, a Sala da Rainha, o refeitório e a biblioteca régia, sendo esta uma das primeiras do país.
Atualmente, o que resta do palácio é apenas a Galeria das Damas, representante exímia do estilo manuelino, mas com traços da renascença e que sobreviveu devido à sua utilização para Trem Militar. Esta compõe-se de um piso térreo, de planta rectangular, onde subsiste a Galeria, um pavilhão fechado e o alpendre. No piso superior existem dois salões e um vestíbulo de estilo mourisco. Do lado de fora existe o torreão, este é constituído por dois andares e terminando num pináculo hexagonal com uma porta manuelina.
Chafariz da Praça do Giraldo em Évora
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Chafariz da Praça do Giraldo está localizado na freguesia de Santo Antão em Évora.O chafariz da atual Praça do Giraldo, conhecida como Terreiro ou Praça de Alconchel nos séculos XIII e XIV e simplesmente Praça Grande entre os séculos XV e XIX, veio suceder a um outro aí construído para marcar a conclusão da obra do Aqueduto da Prata, em 1537, que terminava neste local.
É uma obra do arquitecto Afonso álvares.
Foi construído em 1571 em mármore branco rematado por uma coroa de bronze. Segundo a tradição as oito carrancas correspondem í s oito ruas que desembocam na praça.
Convento de Nossa Senhora da Saudação
O Convento de Nossa Senhora da Saudação, em Nossa Senhora da Vila (Évora), teve origem na congregação de algumas mulheres lideradas por Joana Dias Quadrada que, para praticarem uma vida de recolhimento e devoção, se juntaram sem inicialmente obedecerem í s regras de qualquer ordem religiosa. No entanto, em 1506, adoptaram a Regra de vida das monjas dominicanas, passando a estar integradas na Ordem dos Pregadores.
Docorpo da Igreja fazem igualmente parte o Coro Alto, revestido nas paredes por azulejaria em verde e branco seiscentista e o Coro Baixo. Este apresenta as paredes cobertas por azulejaria igualmente em verde e branco mas de padrão mais pequeno que o do Coro Alto. O Coro Baixo destaca-se pelas pinturas a fresco que cobrem a sua abóbada, atribuídas, por alguns autores, a José de Escobar.
O Convento, pertencente à Ordem Dominicana, foi sempre habitado por um grande número de religiosas. No século XVIII chegou a ser habitado por 65 freiras. Com a extinção dos conventos em 1834, e a morte da última prioresa, em 1874, o edifício foi ocupado pelo Estado e, em 1876, ali instalado o Asilo de Infância Desvalida, que ocupou o edifício até aos anos 60 do século XX.
O Convento tem sido, nos últimos anos, alvo de obras pontuais. A recuperação parcial das suas coberturas, na segunda metade dos anos 90 do século passado, pela D.G.E.M.N., impediu a derrocada deste valioso conjunto monumental. A Câmara Municipal realizou em 1998 obras de restauro de carpintarias. Actualmente funcionam no edifício o centro transdisciplinar O Espaço do Tempo e a Oficina de Arqueologia do Programa do Castelo da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo.
Capela de Nossa Senhora dos Mártires
A Capela de Nossa Senhora dos Mártires situa-se na freguesia de Santa Maria, no Concelho de Estremoz, Distrito de Évora, Portugal.
Edifício classificado em 1922 como Monumento Nacional, encontra-se aberto ao público. Para visitar deverá solicitar-se a chave na porta em frente.
A construção deste templo está atribuída ao reinado de D. Fernando, devendo as obras ter arrancado por volta de 1371 (ESPANCA, 1975). A sua conclusão, todavia, ocorreu já durante a Dinastia de Avis, e por patrocínio do então senhor da vila de Estremoz, D. Nuno Álvares Pereira.
Apesar de relativamente pequeno, é um templo que ilustra bem o período final da arquitectura gótica plena nacional, imediatamente antes da renovação verificada com o arranque do projecto do Mosteiro da Batalha e a implantação do Tardo-Gótico. Neste contexto, os Mártires de Estremoz representa, mesmo, um capítulo final da longa tradição construtiva aplicada à arquitectura religiosa baixo-medieval portuguesa, sendo o mais eloquente testemunho dessa realidade a fidelidade de plano e de volumetria da capela-mor em relação a numerosos antecedentes, verificados desde, pelo menos, o século XIII.
Planimetricamente, esta capela-mor é um espaço composto por dois tramos, o primeiro rectangular coberto por abóbada em cruzaria de ogivas simples, e o segundo de secção poligonal com abóbada de cadeias, cujo bocete principal apresenta uma cruz da Ordem de Avis. Em alçado, as arestas são reforçadas por contrafortes não escalonados, o que permitiu que, entre eles, se rasgassem amplas janelas verticais, geminadas, que inundam de luz o interior.
Foi
construída imediatamente a seguir à reconquista de Lisboa, em 1147, sob o cemitério dos cruzados que auxiliaram D. Afonso Henriques na tomada da cidade - os mártires -, pela sua entrega à recristianização da cidade. Por isso, ficou conhecida como Igreja de Nossa Senhora dos Mártires, cuja imagem se venera na capela-mor, tendo sido elevada a Basílica no século XIII. Depois do terramoto, foi dedicada em 1784, constituindo um verdadeiro ex libris da reconstrução pombalina, com características barrocas e neoclássicas. São notáveis os retábulos e os tectos pintados por Pedro Alexandrino, bem como o majestoso órgão, no coro-alto, construído por Machado e Cerveira.
Castelo de Redondo no Alentejo
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Castelo de Redondo, também referido como Castelo do Redondo, no Alentejo, localiza-se na vila e freguesia de Redondo, distrito de Évora, em Portugal.
Situa-se na vertente sul da Serra d´Ossa, a 24 km a sudoeste da margem direita do Rio Guadiana. Faz parte da rede de castelos norte-alentejanos reestruturados por Dinis I de Portugal (1279-1325) e doados à nobreza durante a época tardo-medieval - Estremoz, Monsaraz e Portel -, e apresenta alterações significativas do período manuelino. Do topo da Torre de Menagem é possível ver o Castelo de Evoramonte e a Serra d´Ossa, na orientação noroeste.
A planta tem a configuração de uma elipse irregular murada, de grossa alvenaria, sem cortina ameiada, conservando ainda o adarve, embora parcialmente interrompido.
Possui quatro torreões de forma arredondada que protegem o amuramento e duas torres, uma virada a Noroeste, Torre de Menagem, e outra a Sudeste, a da Alcaidaria.
Apresenta duas portas torreadas, com arcos góticos: a nordeste fica a Porta da Ravessa ou do Sol (na imagem acima), onde existe a marca oficial da vara e do côvado, a que os industriais do pano se tinham de submeter nos mercados e feiras; a sudoeste está a Porta do Postigo, que foi aumentada no período Manuelino, por novo arco de alvenaria de volta plena decorada com o brasão de armas do donatário da vila, D. Vasco Coutinho.
Igreja Matriz de Pavia (Igreja de São Paulo) Pavia, no município de Mora
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Igreja Matriz de Pavia ou Igreja Matriz de São Paulo está localizada na Freguesia portuguesa de Pavia, no município de Mora (Portugal). Foi edificada dentro do velho e destruído amuramento que protegeu o paço fortificado dos Condes do Redondo. Nenhum documento histórico, conhecido, se refere í s suas origens e fundamentos. Época Dominante: Século XIV a Século XVI.
Veio suceder à primeira igreja de nome Santa Maria, que já tinha existência paroquial no reinado de D. Dinis, em 1320. O edifício foi construído nos primeiros anos do século XVI, no estilo arcaizante dos templos fortalezas.
A igreja oferece a perspetiva de silhueta acastelada, protegida de sete torrelas cilíndricas, sobrepujadas de cones estilizados e coroa de ameias tipo muçulmano, de alvenaria grosseiramente rebocada. A porta travessa meridional é a primitiva, alguns degraus de acesso ao velho campanário exterior resistem ainda, em cujo flanco terminal e embebido na estrutura da torre, subsiste uma torrinha lateral.Trata-se de um monumento classificado a nível nacional.
Sucedeu à primeira igreja curada de Santa Maria, que já tinha existência paroquial no reinado de D. Dinis, em 1320. O edifício foi construído, segundo o exame da sua arquitectura, nos primeiros anos do século XVI, no estilo arcaizante dos templos fortalezas.
Voltada para a banda do ocidente, a igreja oferece, nos prospectos laterais, a majestosa e severa perspectiva de silhueta acastelada, protegida de sete torrelas cilíndricas, de andares, sobrepujadas de cones estilizados e coroa de ameias tipo muçulmano, de alvenaria grosseiramente rebocada.
A porta travessa meridional é a primitiva, feita de rudes blocos de aparelho, com aro gótico, de chanfraduras, ábacos e capitéis esmagados para recobrimento de cal. Semi-destruídos, no mesmo alçado, alguns degraus e patim de acesso ao velho campanário exterior, em cujo flanco terminal e embutido na estrutura da torre, subsiste uma torrinha lateral.
A fachada, de formas rectilíneas, abastardas, e de frontão triangular, infeliz obra de alvenaria barroca, setecentista, foi projectada para receber, angularmente, duas torres de secção quadrada: apenas se levantou a do lado sul, apilastrada, com remate cupular, populista. Grandes esferas de massa, se levantam nos acrotérios, e no eixo, tabela cega de cronograma sumido.
O portal, com janelão sobrepujante, vasado em falso alpendre, compõe-se de vergas e jambas graníticas, do tempo do Rei D. José I e posterior ao terramoto de 1755. Não tem qualquer merecimento arquitectónico. Lateralmente, embutidos nos alçados, antiga e tosca Via Sacra de pedra; na cornija dos beirais, algumas gárgulas zoomórficas, de barro cozido, trabalho de olaria popular alentejana.
Para visitar o interior da igreja é necessário pedir a chave à Junta de Freguesia ou perguntar pela responsável da chave.
Torre de Sisebuto em Évora
A Torre Quadrangular de Évora, ou como é vulgarmente denominada Torre de Sisebuto, é uma construção romana tardia, sita em Évora, na Rua da Quinta Nova. É Monumento Nacional, classificado pelo IGESPAR, e parte do Centro Histórico de Évora, classificado pela UNESCO como Património Mundial.
Segundo a tradição, a torre teria sido edificada pelos servos de Sisebuto, rei visigodo. Contudo, baseados em estudos da sua localização na malha urbana da cidade, bem como da forma de edificação, especialistas descobriram que, à torre, se afastava essa hipótese, propondo a sua construção pelos invasores romanos em meados do século III, colocando a sua construção original no tempo em que foi edificada, em Évora, a primeira muralha.
Sistema defensivo composto por duas cercas amuralhadas, a Cerca-Velha e a Cerca-Nova, torreões, barbacã, fossas, portas, postigos, castelo, baluartes, fortes e edifícios militares. CERCA-VELHA: circunscreveria uma área ovóide com aproximadamente 1280m de perímetro, restando desta apenas alguns troços, portas e torres (percurso no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio): a Porta de D. Isabel; Torre do Salvador; Torre de São Paulo (destruída); troço arruinado entre a Torre de São Paulo e a Torre de Sisebuto que percorre o interior de várias habitações, apresentando dois tipos de aparelho diferente em granito, um mais regular;
A torre quadrangular foi edificada no século III, sendo uma construção romana tardia, sobre uma casa datada do século I, que contava com vários frescos nas suas paredes.
Os tempos trazem a mudança e a torre não lhe ficou alheia, pelo que sofreu várias transformações, com especial realce para os períodos arquitectónicos islâmico e medieval cristão da pós-Reconquista, datando deste último período várias janelas e as abóbadas ogivais dos dois pisos cobertos. Já perto do século XX, a torre fundiu-se com o Paço dos Melos de Carvalho, sendo actualmente aproveitada para serviços hoteleiros.
A torre foi classificada como Monumento Nacional em 1920.