Visita uma das aldeias Alentejanas Santa Margarida da Serra

Visita uma das aldeias Alentejanas Santa Margarida da Serra

Estas duas localidades eram freguesias autónomas que foram agregadas no início de 2013, através da Lei n.º 11-A/2013 de 28 de Janeiro que determinou os novos termos da reorganização administrativa do território das freguesias.

Esta nova freguesia ficou com uma superfície de aproximadamente 416,2 km2, e a população ronda os 10834 habitantes (censos de 2011).

Localiza-se na periferia ocidental da peneplanície alentejana e na serra de Grândola, a pouco mais de 100 km a sul do rio Tejo, e a 38º de latitude norte e 8º de longitude oeste. É limitada a norte pelas freguesias de Santa Maria do Castelo, de Santiago e do Torrão, e a oeste pelas de Carvalhal e Melides, a sul pelas de Abela, S. Francisco da Serra e Azinheira de Barros.

É constituída por duas grandes zonas geográficas, a Serra e a Planície ou Charneca, embora por vezes se considere a Várzea do rio Davino (o seu maior curso de água) como área autónoma. A Serra, datada do Carbónico Inferior, é predominantemente constituída por materiais xistosos, enquanto a Planície é constituída por areias e argilas das formações terciárias da bacia do Sado (datadas do Plioceno).

Devido às características geológicas e ao clima, o solo é, em geral, pouco fértil, com fracas condições para a agricultura, o que se reflete no seu revestimento vegetal. Assim, na Serra predomina o montado de sobro e azinho, e plantas tais como a esteva, a sargaça, a urze, o carrasco e o medronheiro. Ainda que se encontrem algumas manchas de montado, na Planície destaca-se o pinheiro (bravo e manso) e plantas de menor porte como o alecrim, o rosmaninho, o tojo e a carqueja. Nas terras mais frescas, nomeadamente a norte da Vila, cultivam-se plantas hortícolas e, na Várzea, predomina o olival.

Dotada de boas vias de comunicação, este território possui um extenso leque de equipamentos e serviços, nomeadamente escolas de vários graus de ensino, parque e complexo desportivo, centro de saúde, estação de correios, estações ferroviária e rodoviária, agências bancárias, farmácias, etc,.

As suas principais actividades económicas distribuem-se pelos vários sectores, e entre elas são de destacar a exploração florestal, a criação de gado, a construção civil, a prestação de serviços, o comércio e o turismo.

Breve resenha histórica

Pelos vários monumentos megalíticos que se encontram espalhados no seu território, verifica-se que esta localidade foi habitada pelo menos desde o Neolítico. Posteriormente, pontificaram neste espaço os Romanos, que deixaram vestígios da sua estadia no Cerrado do Castelo, na barragem do Pego da Moura, nas minas da Caveira e no lugar de S. Barnabé.

Dos períodos Godo e Muçulmano não são conhecidos vestígios neste território, cuja história só começa a delinear-se após a formação do espaço nacional. O seu principal núcleo populacional, só adquiriu relevância após ter sido escolhido como sede de comenda, no último quartel do século XIV. A construção da igreja matriz, dedicada a Nossa Senhora da Abendada, que nos finais do século XV se tornou sede de paróquia, constituiu outro factor importante para a fixação da população. Outros factores foram a atribuição de terras pela Ordem de Santiago, e a proximidade do rio Davino e da Várzea.

Embora as origens de Grândola reportem à época Medieval, o seu desenvolvimento só se tornou evidente a partir do século XVI (o seu grande período de afirmação). Assim, nos princípios de Quinhentos, a paróquia foi dotada de pároco efectivo, e a igreja matriz foi totalmente ampliada e remodelada. Em 1544, foi-lhe atribuída a Carta de Vila, que levou à criação do Concelho e à sua divisão em freguesias. Na sequência desta atribuição, surgiram os juizes, os vereadores, os procuradores do concelho, os almotacés, os tabeliães, os alcaides pequenos, as quadrilhas (de policiamento) e as companhias de ordenanças. Até ao final deste século, a vila de Grândola foi, ainda, dotada de paços do concelho, cadeia, pelourinho, hospital, Santa Casa da Misericórdia, celeiro da comenda, da ermida de S. Sebastião e da igreja de S. Pedro.

A freguesia de Santa Margarida da Serra foi criada, simultaneamente, com as de Grândola e dos Bayrros, por volta de 1545, na sequência da atribuição da Carta de Vila a Grândola. A mais antiga informação que se conhece a respeito de Santa Margarida da Serra vem expressa no relatório do Mestre de Santiago, D. Jorge, que visitou a sua Ermida em 1513, e achou-a degradada. Deduz-se que, nessa data, a Ermida teria alguns anos, o que leva a admitir que a sua construção remonte a finais do século XV. Sem núcleos urbanos superiores a 25 pessoas, esta Freguesia foi sempre pouco povoada. Enquanto a freguesia de Grândola tinha, nos finais do século XVIII, 420 habitantes e, cem anos depois, tinha 531, distribuídos por 125 fogos.

No território que agora compreende as duas freguesias, o aumento da cultura de cereais e de vinhas (na Várzea) da criação de gado e das trocas comerciais permitiu que a economia fosse melhorando progressivamente. Não obstante as inovações, o grande salto económico, demográfico e social teve lugar nos finais do século XIX, com a exploração das minas da Caveira e o aparecimento das primeiras fábricas de cortiça. Este surto foi, ainda, ampliado com a construção da via férrea do Vale do Sado e o fomento da cultura de cereais, na primeira metade do século XX.

A crise na agricultura, na exploração mineira e na indústria corticeira, na segunda metade do século XX, contribuíram para a estagnação económica, para a emigração e o envelhecimento da população. Em 1970, houve um decréscimo populacional, embora tenha depois voltado a crescer, o seu perfil social alterou-se. As zonas rurais da serra perderam população, encerraram várias escolas, houve aumento de concentração de pessoas na Vila e o emergir de novos núcleos, nomeadamente no eixo Grândola – Alcácer do Sal.

Património

Este território dispõe de algumas estações arqueológicas, sítios, edifícios e monumentos dignos de nota. Entre as primeiras, até agora identificadas, são de referir as antas neolíticas de Martim Parreira, do Outeiro do Ouro, do Cidrão 1 e 2 e Casolas. Do período Romano destacam-se as ruínas do Cerrado do Castelo e a barragem do Pego da Moura. De entre os sítios e edifícios, cumpre destacar a Praça D. Jorge com alguns edifícios antigos, o Jardim 1.º de Maio, a Igreja Matriz, a Igreja de S. Pedro, a Igreja de Nossa Senhora da Penha e a ex-sede do Sport Clube Grandolense, a ermida de S. Sebastião, a Igreja de Santa Margarida da Serra, os montes tradicionais alentejanos, com especial relevo para a aldeia de Santa margarida da Serra e alguns edifícios brasonados. 







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