Mas a Costa Nova nem sempre foi assim. Até aos finais do século XIX, este era um lugar totalmente desabitado e só após a fixação da Barra do Porto de Aveiro é que os pescadores de Ílhavo aqui se instalaram. Nessa altura, e por motivos meramente práticos, começaram a construir os seus palheiros para guardar redes e outros materiais de pesca.
Foi só mais tarde, com a mudança das famílias dos pescadores para esta zona, que os palheiros ganharam uma nova vida com as suas fachadas pintadas com coloridas riscas e os seus interiores remodelados com as divisões necessárias. Ao longo dos séculos, os palheiros foram passando de geração em geração, criando um ambiente único nas “casinhas às riscas” onde parece que o tempo nada mudou.
São chamados os "palheiros da Costa Nova". As primeiras casas típicas desta praia do concelho de Ílhavo foram construídas por pescadores. Nesse tempo serviam para guardar o material de pesca e tinham apenas uma divisão. De armazém passaram a casas de habitação dos homens do mar e agora são casas que fazem inveja, no bom sentido, é claro, a quem por ali passa.
Os antigos palheiros de habitação possuíam um só piso. "Eram usados, sobretudo, para guardar as redes de pesca, por isso não necessitavam de mais espaço", conta Ernesto Barros, proprietário de uma das "casinhas às riscas" que caracterizam a Costa Nova.
Entre uma casa de riscas azuis e outra às riscas verdes fica a casa da família Barros. Pintada de branco e vermelho é uma das muitas que ajuda a dar o colorido característico da marginal da Costa Nova.
Um Passeio Colorido
Hoje em dia, a marginal da Costa Nova é o lugar perfeito para um agradável passeio. A vista com a ria refrescante de um lado e as fachadas coloridas do outro torna este um lugar irrepetível na paisagem portuguesa.
Deixe-se encantar pelas riscas verdes, azuis, encarnadas e amarelas das fachadas e faça parte do ambiente familiar que aqui se vive entre os vizinhos cujas famílias se conhecem há gerações.