Ainda desconhecido por muitos, o Couto Misto foi um pequeno país localizado entre o Norte da serra do Larouco, na bacia do rio Salas, na Galiza Espanha, e a fronteira norte do atual concelho de Montalegre, em Portugal.

E tal como qualquer país tinha regras muito próprias, normas, usos e costumes, dos quais pouco se fala. É praticamente apenas referenciado pelas informações que foram passadas de geração em geração, bem como pelos dados encontrados nos relatórios diplomáticos do Tratado de Lisboa, de 1864.

Esta pequena nação independente existiu entre o século X e 1868, estendia-se por 27 quilómetros quadrados e por lá viviam apenas cerca de 800 habitantes – estes dados são estimados do ano de 1845.

 

 
 
 
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Couto Misto foi um microestado independente europeu, sem acesso ao mar, na fronteira entre Portugal e Espanha. Era composto pelas aldeias de Santiago de Rubiás, Rubiás, e Meaus, todas a norte da serra do Larouco, na bacia intermédia do rio Salas, Ourense, Galiza

A HISTÓRIA DE COUTO MISTO

Esta pequena nação independente possui uma organização própria, cuja origem ainda hoje é imprecisa, mas da qual se sabe não estar relacionada com a coroa portuguesa ou espanhola. Dessa forma, as primeiras informações sobre o Couto Misto são referenciadas no Tratado de Lisboa.

 

 Foto ma2sariders 



E foi precisamente após a sua assinatura que a soberania e independência deste país se dissolveu, tendo os domínios passado para Espanha, integrados nos Concelhos de Calvos de Randín (aldeias de Santiago e Rubiás ou Ruivães) e Baltar (aldeia de Meaus ou Meãos). Em Portugal são os chamados “povos promíscuos“ divididos pela linha da raia, atuais Soutelinho da Raia, Cambedo da Raia e Lama de Arcos, em Chaves. A Portugal ficou ainda destinada uma pequena faixa desabitada do Couto Misto e que foi integrada em Montalegre.




Embora se desconheça a origem de sua instituição, ligada desde a Baixa Idade Média ao Castelo da Piconha, posteriormente vinculado à poderosa Casa de Bragança, constituía-se numa pequena área fronteiriça de cerca de 27 km² com organização própria, que não estava ligada nem à Coroa de Portugal e nem à de Espanha. Entre os direitos e privilégios desse pequeno território encontravam-se o de asilo para os foragidos da justiça portuguesa ou espanhola, o de não dar soldados nem para um reino nem para o outro, o de isenção de impostos, o de liberdade de comércio (como o sal, objeto de estanco até 1868), a liberdade de cultivos como o do tabaco, e outros.

 

Até à assinatura e entrada em vigor do Tratado de Lisboa (1864), em 1868, cada habitante do Couto elegia livremente a nacionalidade espanhola ou portuguesa. A partir do Tratado, os seus domínios passaram para a soberania da Espanha, integrados nos Concelhos de Calvos de Randín (aldeias de Santiago e Rubiás ou Ruivães) e Baltar (aldeia de Meaus ou Meãos). Em contrapartida, passavam para a soberania de Portugal os chamados "povos promíscuos", até então divididos pela linha da raia, atuais Soutelinho da Raia, Cambedo e Lama de Arcos (Chaves). O território do Couto Misto ainda incluía uma pequena faixa desabitada que hoje integra o município português de Montalegre.




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