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Castelo de Monsanto, na Beira Baixa, localiza-se na freguesia e povoação de Monsanto, concelho de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, em Portugal.
No topo granítico do monte de Monsanto, à margem direita do rio Pônsul este castelo raiano medieval domina a Aldeia Histórica, conjunto arquitectónico no qual se destacam algumas casas senhoriais brasonadas e templos, como as ruínas da Capela de São Miguel em estilo românico.
D. Afonso Henriques conquista Monsanto aos Mouros e em 1165 faz a sua doação à Ordem dos Templários, que sob as ordens de D. Gualdim Pais, mandou edificar o Castelo de Monsanto. O primeiro Foral foi concedido por este rei em 1174, sucessivamente confirmado por D. Sancho I (1190) e D. Afonso II (1217).A D. Sancho I se deve também a repovoação e reedificação da fortaleza, desmantelada nas lutas contra Leão, novamente reparadas um século depois, pelos Templários.
Este monumento obedecia originalmente às mesmas linhas arquitectónicas características dos templários, nos castelos de Almourol, Idanha, Pombal, Tomar e Zêzere, seus contemporâneos. Erguido na cota de 758 metros acima do nível do mar, apresentava planta poligonal orgânica (adaptada ao terreno), com muralhas reforçadas por diversas torres quadrangulares, percorridas na sua extensão por adarves protegidos por parapeitos ameados.
Descentrada na praça de armas, ergue-se a torre de menagem, denominada localmente como
Torre da Atalaia ou
Torre do Pião.
Sabe-se muito pouco acerca das origens do castelo de Monsanto. Apesar de, durante muito tempo, se ter considerado a existência de um castro proto-histórico, posteriormente romanizado, a verdade é que, à excepção da villa de São Lourenço, no sopé do monte, nada mais apareceu que relacione esta fortaleza com um passado pré-medieval.
De resto, as informações concretas só aparecem no reinado de D. Afonso Henriques, altura em que Monsanto desfrutou de uma posição privilegiada de fronteira. Face a Leão mas, principalmente, frente aos Almóadas (MARQUES, 1995, p.33), o nosso primeiro monarca passou-lhe foral em 1174, numa altura em que o retrocesso cristão se fazia já sentir.
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