Não sabemos se é realmente a cascata mais bonita de Portugal continental, até porque não as conhecemos todas. Mas sem dúvida que a cascata da Cabreia é impressionante, nos seus 25 metros de altura, e com a atmosfera pacífica que a rodeia. Trata-se de um local mágico, envolvo em vegetação luxuriante, que nos transmite uma enorme sensação de comunhão com a natureza.

Em 1862 e 1863, há registos dos moradores protestarem contra a indústria de mineração, que estava a ter um impacto negativo sobre a beleza da paisagem. Apesar de tudo, o complexo só foi definitivamente fechado em 1958, o que provocou um grande problema social na região, já que muitas pessoas perderam os seus empregos. Tal como aconteceu noutros pontos do país, muitos decidiram partir para a França ou para a Alemanha, em busca de uma vida melhor.

 

 

 
 
 
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Ao nível da fauna, aqui pode encontrar a lontra, um mamífero brincalhão, que percorre quilómetros do rio todos os dias, em busca de alimento. No reino dos invertebrados, destacamos a protegida vaca-loura, um escaravelho de grande porte que se desenvolve nos carvalhais maduros.

 

 
 
 
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Neste ecossistema tão húmido, encontramos também facilmente endemismos ibéricos, como a salamandra-lusitânica, o tritão-de-ventre-laranja e o lagarto-de-água. Também se pode encontrar com frequência a salamandra-de-pintas-amarelas.

 

 
 
 
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A melhor altura para visitar a cascata poderá ser no final de junho ou início de julho, quando se realiza o festival do Mirtilo, em Sever do Vouga. A festa dura 4 dias e tem mais de 10 anos de tradição. Para além dos mirtilos, existem muitas barracas de comida de rua e diferentes atividades e concertos a acontecer.

 

Não podíamos falar da cascata sem falar da vegetação que a envolve, numa galeria contínua de árvores com amieiros, freixos e borrazeira-preta, acompanhados por um sub-bosque rico em fetos e arbustos. Destacamos o feto-real, a gilbardeira e o raríssimo feto-vaqueiro, uma espécie prioritária para a conservação na Europa, sendo uma relíquia dos bosques subtropicais que cobriram a região noutros tempos.

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