Museu Nacional Grão Vasco


O Museu Nacional Grão Vasco está localizado no centro histórico de Viseu, no antigo palácio dos bispos, do século XVI, ao lado da catedral.

Em nada surpreende que o pintor Vasco Fernandes, celebrizado no decurso dos séculos com o epí­teto Grão Vasco, seja a referência maior, na designação e nos conteúdos, do museu de Viseu. Fundado a 16 de Março de 1916, justamente com a finalidade de preservar e valorizar u201cos valiosos quadros existentes na Sé de Viseu (...) o tesouro do cabido da Sé, além doutros objetos de valor artí­stico ou históricou201d, o Museu Nacional Grão Vasco (MNGV) teve nas dependências da Catedral, sensivelmente até 1938, o seu primeiro espaço.

A Francisco de Almeida Moreira, seu fundador e diretor, deve-se a ampliação das coleções, bem como a conquista progressiva das galerias do edifí­cio contí­guo à Catedral, o Paço dos Três Escalões, que à data da fundação do museu acolhia ainda diversos serviços públicos.

A coleção principal do Museu é constituí­da por um conjunto notável de pinturas de retábulo, provenientes da Catedral, de igrejas da região e de depósitos de outros museus, da autoria de Vasco Fernandes (c. 1475-1542), o Grão Vasco, de colaboradores e contemporâneos.

O acervo inclui ainda objetos e suportes figurativos originalmente destinados a práticas litúrgicas (pintura, escultura, ourivesaria e marfins, do Românico ao Barroco), maioritariamente provenientes da Catedral e de igrejas da região, a que acrescem peças de arqueologia, uma coleção importante de pintura portuguesa dos séculos XIX e XX, exemplares de faiança portuguesa, ourivesaria, porcelana oriental, numismática e mobiliário.

 

O contexto histórico das reformas republicanas, especialmente o que deriva da lei de Separação do Estado da Igreja, com o consequentemente arrolamento de bens eclesiásticos, configura a uma série de museus, então criados em distintos pontos geográficos do País, um pano de fundo comum.

No entanto, será necessário inscrever esse contexto matricial, que aliás, e em rigor, se deverá fazer recuar a 1834, quando se extinguem as ordens religiosas e se assiste ao primeiro grande momento de nacionalização de bens, no plano das realidades concretas que a cada um assistiu.





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