Évoramonte, ou Santa Maria, é uma bonita freguesia pertencente ao concelho de Estremoz, situada na vasta planície Alentejana, dentro de muralhas, numa calmaria e paz de espírito única.
Évoramonte apresenta vestígios de ocupação humana desde o Paleolítico Superior (30 000 a 10 000 a.C.), como é ainda visível no Monte da Faínha e nos muitos vestígios megalíticos, como as Antas na Serra d‘Ossa.
No dia 26 de Maio de 1834 aqui se fez história, ao ser assinada a Convenção de Évora Monte, pondo termo à guerra civil de 1832-34, entre absolutistas e liberais.
Esta freguesia onde reina a paz de espírito, parecendo perdida no tempo, apresenta um orgulhoso património, desde o seu altaneiro e curioso Castelo, o Paço Ducal com a sua Torre quinhentista e o que resta das Muralhas, até outros monumentos como a Igreja Matriz erguida sobre um anterior templo bem antigo, a Igreja de São Pedro, datada dos séculos XV e XVI, situada na parte baixa da povoação, a Igreja da Misericórdia do século XVI, a Capela de Santa Rita de Cássia, as Ermidas de Santa Margarida, de Santo Estêvão e de São Sebastião (século XVI).
Outros monumentos são de destacar, como a Casa da Convenção, o Chafariz de Santo Estêvão do Século XV, a quinhentista Cisterna Pública, o Pelourinho ou o Celeiro comunitário, denotando a história rural da freguesia, que sobreviveu às dificuldades ao longo dos séculos através da sua ligação em comunidade.
As ruas de Évoramonte guardam um sabor medieval, de paz de espírito e tradição, que tem sobrevivido até aos dias de hoje, rodeada da vasta planície Alentejana que emoldura esta povoação histórica amuralhada.
Charmoso recanto português reúne belas paisagens e monumentos militares que remetem aos tempos medievais
Recheada de histórias fabulosas sobre os tempos da reconquista, a pequena Evoramonte brinda seus visitantes com muito charme, vastas planícies douradas e um belo castelo que coroa o topo da Serra D’Ossa, na região do Alentejo, em Portugal. O destino acaba de ser indicado na lista das ‘15 aldeias históricas mais encantadoras de Portugal’, elaborada pelo site Skyscanner.
A apenas 26 quilômetros da cidade de Évora, a vila é dividida entre a zona baixa, onde vivem a maioria de seus habitantes, e a vila medieval, localizada no alto de uma colina de 400 metros de altitude e rodeada por muralhas. A fortificação militar é de encher os olhos e conta com quatro portas dionisinas originais: Porta do Freixo, Porta do Sol, Porta de São Brás e a Porta de São Sebastião.
Os turistas se surpreendem com o imponente castelo ou Paço Ducal de Evoramonte. Muito distinta das tantas outras edificadas na mesma época, a obra é uma reconstrução do projeto original, que foi destruído em decorrência de um terremoto em 1531. O castelo é formado por quatro torreões dispostos em formato quadrangular, que lhe dão um aspecto de baluarte militar. O local tem a sua importância na história do país, pois é onde foi assinada a Convenção deEvoramonte, documento que deu fim à Guerra Civil Portuguesa em 1834. Aproveite para ver do terraço a impressionante vista dos campos alentejanos, iluminados por um belo pôr do sol.
Ainda na vila antiga, que praticamente parou no tempo, passeie por suas pequenas ruas decoradas com casinhas brancas típicas. Muitas vezes, os rodapés e contornos de portas e janelas são pintados de amarelo ou azul, dando um colorido especial ao cenário pitoresco. Vale uma visita à Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, que reúne estilos gótico e barroco, além das lojinhas de artesanato na Rua Santa Maria. pitoresca e deliciosa freguesia de Evoramonte (ou Évora Monte) está situada entre as formosíssimas cidades de Évora e Estremoz. Outrora de elevada importância geográfica e militar, esta vila alentejana, cujas muralhas ainda protegem os seus habitantes lá do topo, sente-se como um guerreiro ancião que pacientemente aguarda os visitantes com inúmeras histórias para lhes contar.
Evoramonte – a História
Claramente dividida em duas partes bem distintas, Evoramonte alia a atualidade que se vive na zona baixa à sua vila medieval situada no alto da Serra d’Ossa. Apesar da sua história remontar aos tempos pré-históricos, esta invulgar vila alentejana tem o seu primeiro momento notório durante o século XII.
Por volta da década de 1160, decorria a Reconquista de Portugal aos Mouros e a zona do Alentejo figurava-se como uma das mais difíceis para as tropas de D. Afonso Henriques. Foi exatamente nesta altura que Geraldo Geraldes, mais conhecido por Geraldo Sem Pavor (sim, aquele que daria nome à conhecida Praça do Giraldo), se ofereceu ao Rei para auxiliá-lo na retoma das terras alentejanas perdidas para os sarracenos.