Aveiro
Junto à Ria, vasta bacia lagunar onde as águas doces do rio Vouga se misturam com as águas do mar, Aveiro, cortada por ruas aquáticas onde deslizam os coloridos barcos moliceiros, é uma das cidades mais interessantes do litoral português. A sua fundação terá ocorrido ao tempo do imperador romano Marco Aurélio. Devido à existência de numerosas aves palmípedes que povoavam esta área lagunar, o seu primeiro nome terá sido Aviarium.
No séc. XVI, o desenvolvimento da indústria do sal, da agricultura e da pesca e as primeiras campanhas de pesca na longínqua Terra Nova em 1501 trouxeram a Aveiro uma época de prosperidade que lhe valeu o foral de 1515, outorgado pelo rei D. Manuel I. Porém, no Inverno de 1575, fortes tempestades destruíram o profundo canal de comunicação entre a ria e o mar, por onde transitavam os grandes navios que aportavam em Aveiro, destruindo o comércio marítimo, a pesca e a actividade salineira.
Coimbra
Com uma história tão rica, denotando a importância desta cidade a nível nacional, Coimbra é dona de um esplêndido Património, que importa conhecer, cunhando a própria nacionalidade e consciência Portuguesa. Monumentos como a Sé Velha e as Igrejas de São Tiago, São Salvador e Santa Cruz (com os túmulos dos primeiros reis de Portugal) retrocedem aos inícios da nação Portuguesa. Muitos outros monumentos são de realçar em Coimbra, como os bonitos conventos de Santa-Clara-a-Velha e Santa-Clara-a-Nova (onde D. Inês de Castro terá sido apunhalada até à morte), a Igreja de Santo António dos Olivais, o Mosteiro de Celas, o Jardim (ou Claustro) da Manga ou a Sé Nova de Coimbra.

Coimbra possui igualmente bonitos e aprazíveis espaços verdes e ajardinados, como o Parque Verde do Mondego, o do Largo da Portagem, o Parque Dr. Manuel Braga, o Jardim Penedo da Saudade, o Parque do Vale das Flores ou o Parque de Santa Cruz. Definitivamente a não perder é o espaço da Universidade de Coimbra, com o seu Museu de Arte Sacra, a deslumbrante Capela de São Miguel e a fantástica Biblioteca Joanina (magnífica construção do século XVIII, em talha dourada e madeiras exóticas e com 300 mil volumes) e o espaço do bonito Jardim Botânico.
Bragança
O núcleo urbano medieval, murado e acastelado, no século XII, mantém-se na Cidadela, dignamente representada pela imponente Torre de Menagem do Castelo, pelo Pelourinho, pela Igreja de Santa Maria e pela Domus Municipalis, edifício único na Península Ibérica de arquitectura Românica, com a forma de um pentágono irregular, construído no século XII, e a Torre da Princesa, um magnífico miradouro com vista para a cidade.

O centro da cidade, já fora da cidadela Bragantina, é constituído por excelentes monumentos dignos de registo como a bonita Praça da Sé, o Cruzeiro de 1689, a Sé Catedral do século XVI e o Palacete dos Calaínhos do século XVIII. O património religioso é igualmente rico, como se pode observar nas Igrejas da Misericórdia, de São Bento, de São Vicente, ou o Convento e igreja de São Francisco e, já fora do centro, a importante Igreja do Mosteiro de Castro de Avelãs do século XII.
Elvas centro Historico
Elvas é uma das principais cidades Alentejanas, sede de município, situada bem próxima da fronteira com Espanha, e desde cedo um importante bastião estratégico, construída dentro de muralhas em forma de estrela. Toda a cidade é dona de um património riquíssimo, contando mesmo com um imenso espólio de monumentos megalíticos, bem como um bom acervo arqueológico da época pré e romana. Da época medieval são de realçar o bonito Castelo do século XIII de Elvas, a Igreja de São Domingos ou a Igreja de São Pedro do século XII.
O monumento mais vistoso da cidade é, talvez, o grande Aqueduto da Amoreira, cuja construção se iniciou em 1498 e foi concluído em 1622, com uma extensão de cerca 7.800 metros, com um total de 843 arcos, chegando alguns a atingir mais de 30 metros. Do mesmo arquitecto do Aqueduto é a bonita Igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga Sé de Elvas, obra do século XVI. Muitas outras Igrejas são dignas de registo, como a Igreja das Domínicas, da Nossa Senhora da Nazaré, da Conceição, ou a da Ordem Terceira de São Francisco, ou já fora das muralhas, o Santuário do Senhor Jesus da Piedade, onde se realiza anualmente em Setembro, uma famosa Romaria, coincidente com a Feira de São Mateus.
Guimarães
Guimarães, cidade histórica de origem medieval, sede de município, tem as suas raízes no século X, e é conhecida por “Berço da Nação” ou “Cidade Berço”, pelo seu papel crucial na formação de Portugal, por aqui ter sido estabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique e pelo facto do seu filho, D. Afonso Henriques, o primeiro Rei Português, aqui poder ter nascido. O seu Centro Histórico está classificado como Património da Humanidade pela UNESCO, e é um dos centros medievais mais bem preservados do País, onde o tempo parece realmente ter dado tréguas e magicamente parado.
Mas muito mais há para conhecer em Guimarães, como a Colina Sagrada, coroada com o Castelo de Guimarães, o maravilhoso Paço dos Duques de Bragança (século XV), o mosteiro e igreja de Nossa Senhora da Oliveira (com o museu Alberto Sampaio), o Gótico Padrão do Salado, do século XIV, ou a elegante igreja de São Francisco, com os seus deslumbrantes azulejos do século XVIII, as Igrejas da Misericórdia e de São Pedro ou o Palácio e Centro Cultural Vila Flor, do século XVI e recentemente restaurado, ou o antigo Mosteiro de Santa Marinha da Costa, do século XII, uma das mais sumptuosas pousadas do país, com os jardins e capela abertos ao público…
Ponte de Lima
Ponte de Lima é a mais antiga Vila Portuguesa, com foral concebido em 1125 por D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal. As suas pacatas ruas de casas pitorescas, tipicamente minhotas respiram história, integrando um grande número de solares e casas apalaçadas, considerada a capital do Turismo de Habitação do País, atestando igualmente a importância económica de outros tempos, muito derivado da produção de afamado vinho verde.
O património arquitectónico e cultural da vila é riquíssimo, nomeadamente do período Medieval e Renascentista, destacando-se a Igreja Matriz do século XV, a Torre da Cadeia Velha ou da Porta Nova do século XIV e a Torre de São Paulo, integrada no que resta das muralhas defensivas, o Convento de Santo António do século XV, cuja igreja alberga o interessante Museu dos Terceiros, com uma rica colecção de arte sacra, a Igreja da Misericórdia ou a Capela da Nossa Senhora da Penha de França de inícios do século XVII.
Évora
O seu belo centro histórico foi classificado pela UNESCO como Património da Humanidade, numa área de cerca de 105 hectares e cerca de 400 edifícios, que é, por si só, um dos melhores motivos para visitar esta maravilhosa cidade Alentejana. Évora é conhecida pela importante presença Romana na época da ocupação da península, Évora foi mesmo chamada Liberalitas Julia. Durante as invasões barbaras, Évora esteve sobre domínio visigodo. Em 715 d.C. a cidade foi conquistada pelos mouros, tendo sido reconquistada por Geraldo ”sem pavor” em 1166, ) tornando-se durante a Idade Média uma das mais prosperas cidades do reino, tendo sido, em 1551, fundada pelos Jesuítas a Universidade, símbolo de juventude e saber desta emblemática cidade.
Com toda esta rica história, não faltam no município de Évora locais de incontornável visita, como a sua imponente Sé Catedral construída entre 1186 e 1204, o conhecido Templo Romano (popularmente apelidado de “Templo de Diana”) construído entre o século I e III d.C, a Igreja de São Francisco e a sua célebre Capela dos ossos, totalmente revestida de ossadas humanas, a bonita Igreja dos Lóios (século XV), ou o Palácio de D. Manuel, com a interessante Galeria das Damas, parte do que resta do Paço do século XVI construído pela Dinastia de Avis que tanto influenciou e adorou estes domínios.
Porto
O Centro Histórico do Porto é Património Cultural da Humanidade desde 1996 e o seu enquadramento paisagístico e o traçado sinuoso das suas ruas conferem-lhe uma beleza singular. Na cidade o Vinho do Porto está presente de várias formas e sentidos: pode ser conhecido e experimentado, mas jamais ignorado, ou esquecido.
Testemunha de uma história feita do cruzamento de culturas em sucessivas ocupações, várias vezes invadida e cercada, mas sempre Invicta, a cidade do Porto é património vivo, dinâmico, que se regenera e se reinventa, mantendo sempre o seu carácter, ou não fosse alicerçado em granito e por conseguinte, inabalável. O Porto é um dos destinos turísticos mais antigos da Europa e a riqueza do seu património artístico, o Vinho do Porto, os vastos espaços dedicados ao lazer e a sua vida cultural são apenas alguns dos motivos que convidam a visitar a cidade.
Serpa
A paisagem em Serpa é fabulosa, não só dentro das belas e históricas muralhas, no centro histórico da cidade, mas igualmente na magnífica e extensa planície e nos montes cobertos de rosmaninho. Serpa situa-se no Baixo Alentejo, sobre uma elevação na margem esquerda do rio Guadiana, o grande rio do sul de Portugal, e é sede de um dos maiores municípios do País.
Localizada numa região habitada desde tempos remotos, Serpa tem uma grande influência Romana, que muito desenvolveu a região, especialmente em termos agrícolas, e também Muçulmana, apelidada de “Scheberim”, tendo sido reconquistada por D. Afonso Henriques em 1166. Dada a sua localização geográfica, bem próxima da fronteira, Serpa sempre foi um ponto estratégico da defesa nacional.
Lisboa
Lisboa ergue-se nas suas 7 colinas sobre o rio Tejo, banhada por uma luz única. Capital de Portugal desde a sua conquista aos Mouros em 1147, Lisboa é uma cidade lendária com mais de 20 séculos de história e o mais importante pólo turístico do País. Dos edifícios pombalinos da Baixa, com fachadas de azulejos, às estreitas ruas medievais dos Bairros típicos de Alfama e do Bairro Alto, onde à noite se pode ouvir o fado e usufruir de um divertida vida nocturna, aos inúmeros museus e lojas, Lisboa é uma cidade com várias opções.
São variados os pontos de interesse turístico da cidade, mas alguns são absolutamente imperdíveis. É o caso do Castelo de S. Jorge, de onde se avista Lisboa em toda a sua magnificência, passando pela velha Mouraria, pela Sé Patriarcal, pela Baixa Pombalina, o Mosteiro dos Jerónimos, exemplo mais marcante do estilo manuelino, classificado pela UNESCO como “Património Cultural de toda a Humanidade”; a Torre de Belém, construída na época dos Descobrimentos, a Basílica da Estrela.
Tomar
Tomar é uma lindíssima cidade, sede de concelho, da região Centro do País, situada nas bonitas margens do rio Nabão, bem na lezíria Ribatejana, e uma das cidades históricas de Portugal, com tanto para contar e ver. Esta é uma região ocupada pelo homem desde há longos tempos, apresentando o bonito vale do Nabão vestígios que recuam ao período paleolítico.
A tradicional Festa dos Tabuleiros, realizada cada quatro anos em Julho, durante três dias, é um dos chamarizes da cidade, reunindo um grande número de visitantes nacionais e estrangeiros, atraídos pela beleza e simbologia desta festividade. Muito mais há para ver e conhecer nesta encantadora cidade Templária, como o curioso Museu dos Fósforos, ou o Museu Luso-Hebraico, bem como o fantástico Parque do Mouchão, com jardins lindíssimos cruzados pelo rio Nabão, entre tantas outras atracções.
Viseu
O encanto de Viseu reflecte-se na atmosfera medieval das suas ruas, nos palácios que foram da nobreza e dos senhores da Igreja, engrandecidos pela nobre pedra de granito, nas praças e jardins arborizados, no património de muitas épocas, testemunho da sua vitalidade. Bem no centro de Portugal, erguendo-se sobre um saudável planalto rodeado por serranias e pelos rios Vouga e Dão (em cujas encostas nasce o excelente vinho do Dão), Viseu recebeu em 1993 o prémio Quercus pela preservação ímpar dos seus espaços verdes.
Coroa o planalto a imponente Sé, mas no tempo da ocupação de Roma a população distribuía-se pela sua parte mais baixa, onde se situa a Cava de Viriato e o Parque do Fontelo. No séc. VI Viseu era cidade episcopal do reino suevo. Consta que o último dos reis godos, D. Rodrigo aqui veio morrer e que as suas cinzas estão guardadas num modesto túmulo de granito, no interior da igreja de S. Miguel de Fetal.
Moura
Moura, cidade típica Alentejana tem, como o próprio nome indica, uma clara influência Mourisca em toda a sua área. Situada próxima da margem esquerda do Rio Guadiana, banhada pela albufeira do Alqueva, Moura está rodeada de oliveiras e sobreiros, e prima pela paz de espírito Alentejana e pelo seu bonito casario branco com pitorescas chaminés. A região apresenta diversos vestígios de ocupação humana desde longínquos tempos, tendo, durante a ocupação romana, sido apelidada de “Arucci” ou “Civitas Aruccitana Nova”, mudando com as ocupações Muçulmanas para “Al-Manijah”, tendo sido definitivamente conquistada no reinado de D. Dinis em 1295.
A história de Moura corre paralela ao que hoje em dia resta do seu Castelo do século XIII, à Mouraria, com uma tipologia tradicional dos bairros Mouros, que se tem conservado ao longo dos anos sem virar costas à clara influência muçulmana, à influência religiosa com bonitas Igrejas como a matriz dedicada a S. João Baptista, a de São Pedro e a de Santo Agostinho, ou os Conventos do Carmo e de S. Francisco, ou ao curioso “Edifício dos Quartéis”, onde num dos extremos se encontra a capela do Senhor Jesus dos Quartéis, ou no interessante Museu Municipal que alberga uma vasta e interessante colecção arqueológica.
Angra do Heroísmo
A encantadora capital da bonita Ilha Terceira, Angra do Heroísmo, encontra-se desde 1983 classificada como Património Mundial pela UNESCO, plena de beleza, história, monumentos, cosmopolitismo, e dona de um ambiente muito próprio. Situada a sul da Ilha Terceira numa pequena e belíssima baía, Angra tem muito para contar. Esta foi a primeira cidade do Arquipélago dos Açores, elevada em 1534, já na altura uma muito importante e influente localidade, grande ponto de comércio e troca e ponto de escala obrigatório nas travessias transcontinentais, em busca dos “Novos Mundos”.

As suas bonitas e típicas ruas são o reflexo de anos de história, influência dos vários habitantes vindos de variadas regiões, e dos muitos visitantes e negociantes que por tão importante ponto de comércio e troca, pleno de beleza, se apaixonaram. A sua riqueza está também patente nos monumentos, existindo por Angra diversas casas senhoriais e palacetes, como o Palácio Bettencourt, o dos Capitães Generais ou o Solar da Madre de Deus, entre tantos outros.
Braga
Baptizada pelos Romanos de Bracara Augusta, sendo na altura a maior cidade em território hoje Português, é igualmente conhecida hoje em dia pela “Cidade dos Arcebispos” ou mesmo pela “Roma Portuguesa”. Património Religioso no virar de cada esquina, nas ruas históricas de Braga testemunha-se o fervor religioso ao longo dos séculos, traduzido em bonitos monumentos que tanto a enriquecem, com destaque para a Sé de Braga, a mais antiga do País.
Braga foi igualmente apelidada de “Cidade Barroca” pela sua riqueza patrimonial, de tantos edifícios decorados no século XVIII, que a transformaram num dos mais importantes pólos artísticos do País na época. A não perder são os Santuários que circundam a cidade e a povoam de fiéis e peregrinos. São eles O Santuário do Bom Jesus, do Sameiro e da Falperra, visitas obrigatórias nesta região Bracarense. Belos e elaborados jardins, elegantes casas senhoriais e palacetes e todo este legado barroco conferem a Braga uma imagem única, característica da região Minhota. O Verde governa a paisagem circundante, com o Parque Nacional da Peneda-Gerês mesmo no seu encalce.