As 10 cidades mais caras para viver em Portugal

As 10 cidades mais caras para viver em Portugal

1. Lisboa (2231 euros por metro quadrado)

O preço mediano do metro quadrado das casas de Lisboa registado no final do 2º trimestre deste ano era de 2231 euros. Não há mais nenhum concelho no país onde o valor supere a barreira dos 2 mil euros. Lisboa ergue-se nas suas 7 colinas sobre o rio Tejo, banhada por uma luz única. Capital de Portugal desde a sua conquista aos Mouros em 1147, Lisboa é uma cidade lendária com mais de 20 séculos de história e o mais importante pólo turístico do País.

Dos edifícios pombalinos da Baixa, com fachadas de azulejos, às estreitas ruas medievais dos Bairros típicos de Alfama e do Bairro Alto, onde à noite se pode ouvir o fado e usufruir de um divertida vida nocturna, aos inúmeros museus e lojas, Lisboa é uma cidade com várias opções. São variados os pontos de interesse turístico da cidade, mas alguns são absolutamente imperdíveis. É o caso do Castelo de S. Jorge, de onde se avista Lisboa em toda a sua magnificência, passando pela velha Mouraria, pela Sé Patriarcal, pela Baixa Pombalina, o Mosteiro dos Jerónimos, exemplo mais marcante do estilo manuelino, classificado pela UNESCO como “Património Cultural de toda a Humanidade”; a Torre de Belém, construída na época dos Descobrimentos, a Basílica da Estrela.

 

A cidade de Lisboa é aquela onde é mais caro comprar uma habitação familiar por cada metro quadrado, seguida de Cascais e de Loulé. Em média, uma casa em Portugal custa 896 euros por cada metro quadrado, indicam os dados recolhidos entre julho de 2016 e junho de 2017. Mas há locais onde esse preço pode ir até aos 2.231 euros por metro quadrado.

Estes valores são 6% superiores ao período homólogo, em que um metro quadrado de uma habitação familiar custava, em média, 830 euros. Há 41 concelhos acima da média, a maior parte dos quais na região do Algarve: no sul português, apenas dois concelhos — Monchique e Alcoutim — estão abaixo da média nacional. E há 79 municípios com preços situados abaixo da média nacional, a maior parte dos quais do interior de Portugal: os concelhos com preço mais baixo são aqueles que estão mais próximos da fronteira com Espanha.

 

2. Cascais (1800 euros por metro quadrado)

Cascais surge em segundo lugar no Top 10 dos concelhos onde o preço das casas é mais elevado. Cada metro quadrado custa 1800 euros. O centro de Cascais é uma antiga e pitoresca vila de pescadores, com pequenas praias urbanas de onde se avistam os barcos de pescadores. Não deixe de visitar o centro histórico de Cascais e as suas ruelas típicas e pitorescas. Do Largo 5 de Outubro, onde se encontra o antigo palácio dos Condes da Guarda hoje edifício dos Paços do Concelho, poderá admirar e apreciar a beleza da Baía de Cascais, ou iniciar um passeio até à marina passando pela Cidadela e pelo Centro Cultural antigo convento da Nª. Sra. da Piedade datado do Século. XVI.

Numa perspectiva museológica, o concelho de cascais apresenta uma vasta lista de locais que valem a pena visitar. É o caso do Museu do Mar e do Museu Condes de Castro Guimarães. Durante os meses de Verão, realiza-se a tradicional Feira do Artesanato do Estoril onde se pode adquirir artesanato nacional, apreciar espectáculos de folclore ou provar pratos típicos. Com o mar aos pés, Cascais pode orgulhar-se da sua excelente gastronomia baseada nos pratos de marisco e peixe fresco. Em Cascais encontram-se restaurantes para todos os gostos e bolsas, que primam pela qualidade e bom gosto.

 

3. Loulé (1644 euros por metro quadrado)

Numa lista em que a área metropolitana de Lisboa e o Algarve dominam no que ao preço das casas diz respeito, o metro quadrado em Loulé custa 1644 euros. Loulé é uma cidade que tem vindo a crescer tanto a nível demográfico, como a nível comercial e turístico. Com características históricas, da civilização árabe, que marcam o centro da cidade, partimos à descoberta de uma variadíssima oferta de monumentos, recantos de casas típicas e ruelas singulares.

Apesar de não se encontrar à beira-mar, a sua oferta de praias é alargada às suas freguesias de onde surgem os mais famosos empreendimentos turísticos do Algarve. Mas a serra algarvia é um monumento por si só e não se pode deixar de testemunhar todo o seu encantamento, sobretudo na época das amendoeiras em flor. As delicias gastronómicas são um desafio que não se pode recusar, as melhores iguarias esperam por nós.

4. Lagos (1550 euros por metro quadrado)

Em Lagos, comprar uma casa de 100 metros quadrados implica um investimento que supera os 150 mil euros, porque cada metro quadrado custa 1550 euros. Vale a pena visitar as suas igrejas, museus, castelo e as muralhas de onde se pode desfrutar belas vistas sobre a cidade, a baía e a serra de Monchique. A Ponta da Piedade é uma referência de visita obrigatória, tal como as praias deste concelho que são das mais belas da região. Um passeio de barco pelas grutas e furnas marinhas, proporciona momentos inesquecíveis, de observação da costa do Ouro, ideal para a prática de desportos náutico

Em Lagos, a maresia acompanha a sua gastronomia tradicional, designadamente, numas sopas de peixe, lingueirão ou conquilhas. Ou ainda a açorda de mexilhão, berbigão ou amêijoa, bem como umas sardinhas alimadas, um ensopado de safio ou uma feijoada de buzinas, sem esquecer o delicioso bife de atum ou uma condimentada cataplana, são pratos que compõem a rica ementa gastronómica de Lagos.

5. Oeiras (1481 euros por metro quadrado)

Em Oeiras, a mediana do preço por metro quadrado ronda os 1481 o que coloca este concelho no meio da tabela dos 10 mais caros. No princípio do século XX as praias da linha eram muito frequentadas, especialmente pelas classes sociais mais altas, que aqui se dirigiam por indicação médica, já que se considerava que o ar e a água das praias do concelho tinham efeitos medicinais.

Actualmente o concelho apresenta um dos mais elevados índices de qualidade de vida em Portugal, tendo deixado de ser considerado apenas como local de passagem entre Lisboa e Cascais e assumindo-se como a sede de importantes empresas ligadas às novas tecnologias (são exemplo disso o TagusPark, Quinta da Fonte e o LagoasPark) e à prestação de serviços.

6. Albufeira (1474 euros por metro quadrado)

Albufeira está entre os concelhos onde as casas estão mais caras. O preço por metro quadrado (apurado com base na informação que é usada para calcular o IMT) era no final do 2º trimestre deste ano de 1474 euros. As ruas do centro histórico, antigo Cerro da Vila, ainda conservam o pitoresco das casas brancas, das ruas apertadas e íngremes e o encanto de um arco mourisco na Travessa da Igreja Velha, onde existiu uma antiga mesquita e a primeira igreja da vila, embora o progresso tenha transformado Albufeira numa cidade dedicada ao turismo e ao lazer.

Nos barcos que secam na praia, pintados com cores fortes que contrastam com o azul do mar, os pescadores, alheios aos turistas bronzeando-se ao sol, prosseguem, como desde há milénios, a sua faina de preparação das redes. Um percurso pedestre à beira-mar pelo passeio marginal oferece magníficas perspectivas sobre a cidade, as praias e as formações rochosas, terminando na bonita gruta do Xorino que, segundo a tradição, foi refúgio de mouros, aquando da reconquista da vila no séc. XIII (1240) 

7. Lagoa (1389 euros por metro quadrado)

Em Lagoa, no Algarve, o preço por metro quadrado das casas de habitação ronda os 1389 euros. Este valor resulta da média entre as habitações novas e as já existentes e que foram transaccionadas. Nos finais do séc. XIX, a pesca e a indústria de conservas de peixe trouxeram a prosperidade e o dinamismo. Actualmente o papel mais importante é desempenhado pelo turismo e por uma crescente diversidade de actividades económicas.

A vila desenvolveu-se a partir da Igreja Matriz, datada do séc. XVI mas completamente reconstruída no séc. XVIII. Nas ruas de casas brancas que a circundam, pontuadas por chaminés decoradas com o típico rendilhado algarvio, ainda se respira o ambiente do passado. Um passeio pelo traçado irregular proporciona diversas perspectivas da vila, onde podemos apreciar os altares dos Passos, marcando as antigas cerimónias da Semana Santa e encontrar vários portais e janelas manuelinas que marcam o seu passado quinhentista. O nome Lagoa difundiu-se internacionalmente sobretudo graças à boa produção de vinho branco, sendo uma das regiões demarcadas do país.

8. Tavira (1362 euros por metro quadrado)

O Algarve tem mais um concelho na lista dos mais caros. Em Tavira o preço do metro quadrado ronda os 1362 euros. Em Tavira, importa ainda destacar as casas tradicionais que se encontram na parte, com as suas portadas de reixa e os telhados “de tesoura”. As portadas de reixa são feitas de ripas de madeira e permitem o arejamento mesmo com as janelas e postigos das portas fechados. Os telhados “de tesoura” são constituídos por pequenos telhados de quatro águas, correspondendo cada um a uma divisão da casa. “Tesoura” é o nome que se dá ao cruzamento das traves em que os telhados assentam.

Além do interesse histórico, um dos grandes atractivos de Tavira é o seu património natural. O Rio Gilão, que banha a cidade, conduz-nos até ao mar, onde encontramos a Ilha de Tavira, extenso areal com 11 km paralelo à costa e que integra o Parque Natural da Ria Formosa. Estas praias de águas tranquilas e areia branca são das mais apreciadas na costa algarvia. As ligações entre Tavira e a Ilha são feitas por carreiras (junto ao Mercado da cidade ou no sítio de Quatro Águas) e por barcos-táxi, de acordo com o estado do tempo e a disponibilidade. Não deixe de visitar Cacela Velha.

9. Funchal (1304 euros por metro quadrado)

Comprar uma casa no Funchal implica gastar uma média de de 1304 euros por cada metro quadrado. Capital da Região Autónoma da Madeira e situada na costa sul da ilha, numa bela baía com o mesmo nome, o Funchal teve o seu primeiro foral em meados do século XV, tendo o seu nome origem no funcho, erva aromática muito comum nesta região. Primeiro com o comércio de cana do açúcar e da banana e depois com o Vinho da Madeira, o Funchal tornou-se num importante porto comercial e ponto obrigatório de paragem nas viagens da expansão marítima. Também devido ao seu clima ameno todo o ano, desde cedo se tornou num dos destinos preferidos da elite europeia.

Plena de história, cosmopolita, e com uma fantástica vida própria, o Funchal nos dias de hoje tem muito para ver e admirar, começando pelos núcleos históricos das suas freguesias, como os de São Pedro, de Santa Maria ou da Sé, que convidam a agradáveis passeios. O Funchal apresenta também uma forte componente cultural, abrangendo espaços museológicos e culturais de igual interesse. A não perder o Mercado dos Lavradores, onde os sabores e aromas das frutas e flores se misturam com a agitação habitual de um mercado. Sendo o Funchal conhecido como um “jardim à beira-mar”, não podemos deixar de referir os seus espaços verdes, como o Jardim Botânico ou o Jardim da Quinta do Palheiro Ferreiro, ambos com plantas provenientes dos quatro cantos do mundo.

10. Vila do Bispo (1276 euros por metro quadrado)

Vila do Bispo encerra esta lista com 1276 euros por metro quadrado. Com grande área do Concelho inserida no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, Vila do Bispo tem o privilégio de se manter intacta face ao crescimento do turismo característico de todo o sul algarvio. Uma serra e praias quase selvagens, permitem ao turista usufruir em pleno da natureza que o rodeia.

Paralelamente à incontornável vertente histórica da Vila, está a afabilidade da sua gente, a sua rica gastronomia, na qual sobressai o peixe fresco e os muito procurados perceves. As praias de Vila do Bispo, destacam-se pela sua imponência, grandeza, sendo das mais procuradas para a prática do surf e outros desportos náuticos.







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