Igreja de São Domingos (Santa Justa) Lisboa
A Igreja de São Domingos, do Convento de São Domingos de Lisboa ocupa a metade norte do lado oriental da Praça D. Pedro IV. Sendo limitada a Norte pela Rua Barros de Queirós, a Oeste pelo Largo de São Domingos, a Sul pela Praça da Figueira e a Este pela Rua de Dom Duarte.
Foi construída no século XIII, por ordem do rei D. Sancho II tendo a sua primeira pedra sido lançada em 1241. Desde então foi alvo de inúmeras campanhas de obras que lhe alteraram a sua traça medieval por completo. O convento foi acrescentado depois por D. Afonso III e novamente aumentado por D. Manuel I. Foi aqui que começou o Massacre de Lisboa de 1506. O terramoto de 1531 arruinou-o muito, o que obrigou a nova reedificação em 1536.
Esta igreja é famosa por albergar no seu interior parte do lenço da pastorinha Lúcia, assim como o terço da pastorinha Jacinta, usados por elas quando se deu o milagre do sol, a 13 de Maio de 1917. A primeira pedra da Igreja de São Domingos foi lançada no ano de 1241 sendo que, desde então, esta tem sofrido sucessivas campanhas de restauro e ampliação.
O estilo arquitetónico da Igreja de São Domingos é uma mescla dos diferentes períodos e influências que a moldaram, entre as quais em 1748, com a reforma implementada por Frederico Ludovice à capela-mor, assim como a posterior obra de reconstrução de Manuel Caetano Sousa e as obras de reconstrução que se deram após o grande incêndio de 1954. Dos vários elementos que a constituem sobressam os Maneiristas e Barrocos.
Neste terramoto, acontecido a 26 de Janeiro, tudo muda. Foram enormes os danos causados pelo sismo. Nas suas espessas paredes abriram-se fendas desde o teto até ao chão, chegando mesmo a ruír em alguns pontos. A sua reabertura foi possível graças í s esmolas dos fiéis, í s diversas congregações - destacando-se a companhia de Jesus - e de um subsídio proveniente do Rei. Serão conservadas as três naves e todos os seus ornamentos.
A velha Igreja de São Domingos ficava junto à ermida de Nossa Senhora da Escada, também conhecida por Nossa Senhora da Corredoura, por ficar próximo do sítio deste nome, atualmente a Rua das Portas de Santo Antão, e cuja construção datava dos princípios da monarquia.
Era notável a sua riqueza em alfaias preciosas, havendo uma imagem de prata maciça, que saía em procissão num andor do mesmo metal, alumiada por lâmpadas também de prata. As pinturas dos altares, os paramentos, os tesouros, tudo desapareceu durante o terramoto de 1755, salvando-se unicamente a sacristia e a capela-mor, mandada fazer por D. João V e riscada pelo arquitecto João Frederico Ludovice, em 1748 - homem que projectou o colossal Convento de Mafra. A capela-mor, toda de mármore negro, e em cujas colunas se vêem, junto à base, medalhões delicadamente cinzelados, que também avultam sobre os nichos laterais.
Na sua reconstrução, o arquiteto Carlos Mardel (1696-1763) tentou preservar ao máximo o estilo da capela-mor projetada pelo arquiteto João Frederico Ludovice (1676-1752). O arquiteto acrescentou também magnificas colunas de mármore em todos os altares. No que concerne ao coro-alto este é constituído por uma planta retangular sobre o travejamento de madeira, assente em duas majestosas colunas, sendo iluminado pelas três entradas de luz que se encontram num registo superior, assim como pelo óculo da janela principal. A sua reabertura deu-se em 1834 conseguindo albergar mais de 2000 fiéis.
A igreja acabou por ser reconstruída por Manuel Caetano de Sousa, sob direcção de Carlos Mardel. O portal foi reaproveitado e veio da capela real do Palácio da Ribeira, assim como a sacada que encima o portal.
Sendo uma das igrejas mais vasta de Lisboa, nela se realizaram todas as grandes cerimónias religiosas, as exéquias nacionais e reais, assim como as solenidades dos baptizados e casamentos reais.
Em 13 de agosto de 1959, um violento incêndio destruiu por completo a decoração interior da igreja, onde constavam altares em talha dourada, imagens valiosas e pinturas de Pedro Alexandrino de Carvalho. A igreja recebeu obras e reabriu ao público em 1994, sem esconder as marcas do incêndio, como as colunas rachadas. Ainda que destruída, é uma igreja que sobressai pela policromia dos seus mármores.
Actualmente é a igreja paroquial da freguesia de Santa Justa e Santa Rufina, em plena Baixa Pombalina e foi classificada como Monumento Nacional. Expõe metade do lenço usado pela Irmã Lúcia no dia 13 de Outubro de 1917 (a outra metade encontra-se no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Fátima) e ainda o terço usado por Santa Jacinta Marto no mesmo dia.
De traço predominantemente barroco, de planta em cruz latina, tem uma fachada muito simples e o interior, mesmo depois do terramoto e do fogo, evidencia ainda grande beleza e ecletismo. É uma igreja de uma só nave, majestosa. A sacristia e a portaria ainda mostram um pouco de sabor maneirista, denotando as várias campanhas de obras de que foi alvo na sua história. O mesmo estilo pode ser visto nos túmulos e lambris de azulejos de ponta de diamante na sacristia.
Na casa-forte, por trás do altar, existe o túmulo de D. Afonso, filho de D. Afonso III. Numa passagem para a sacristia, com entrada pela Rua da Palma, encontram-se os túmulos do grande pregador dominicano Fr. Luís de Granada (m. 1588) e do reformador da ordem Fr. João de Vasconcelos (m. 1652). Esta igreja tem ainda uma cripta abobadada e dotada de lambris de azulejos, onde está o túmulo de D. João de Castro, capelão de D. João.
Palácio Vale Flor em Lisboa Hotel Pestana Palace
O Palácio Vale Flor, onde se localiza desde 2001 o
Hotel Pestana Palace, é um Monumento Nacional localizado na cidade de Lisboa. Situa-se na Rua do Jau, n.º 54, no Alto de Santo Amaro.
Erguido no alto de Santo Amaro no início do século XX, o Palácio Vale Flor é um dos mais bonitos edifícios palacianos da Lisboa romântica. Foi mandado edificar por José Constantino Dias, emigrante português que enriqueceu como fazendeiro em São Tomé e Príncipe e que, regressado a Portugal, recebeu do rei D. Carlos o título de Marquês de Valle Flôr.
O terreno escolhido pelo novo marquês para edificar o seu sumptuoso palacete havia sido comprado em 1890, numa época em que o bairro residencial de Santo Amaro crescia à sombra da actividade fabril de Alcântara, a compasso da malha urbana da cidade, que conheceu uma franca expansão em núcleos exteriores ao centro histórico situado na Baixa.
O projecto foi entregue ao arquitecto Nicola Bigaglia, e em 1904 iniciou-se a construção do edifício. No entanto, o arquitecto italiano faleceu em 1908, sendo então contratado para dirigir os trabalhos o português José Ferreira da Costa, que lhe fez alterações substanciais, às quais se juntaram detalhes decorativos executados por Ventura Terra. Neste ano edificava-se já o espaço das cocheiras, independente e fronteiro ao palácio, iniciando-se também a estrutura de dois grandes pavilhões, em ferro e vidro, nos jardins da propriedade. Entre 1910 e 1915 executava-se a campanha de decoração do espaço interior do palácio, a cargo de Constantino Fernandes, Carlos Reis e Eugénio Cotrim.
Torre de Belém monumento de visita obrigatória da cidade de Lisboa
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Torre de Belém localiza-se na freguesia de Belém, concelho e distrito de Lisboa, em Portugal. Na margem direita do rio Tejo, onde existiu outrora a praia de Belém, era primitivamente cercada pelas águas em todo o seu perímetro. Ao longo dos séculos foi envolvida pela praia, até se incorporar hoje a terra firme.
Falar de Fortificação como ciência só é possível quando se associa à técnica de construção defensiva um carácter científico. No final do séc. XV, a fortificação medieval, devido ao aparecimento da artilharia pirobalística, começou a tornar-se ineficaz. A evolução tornou-se inevitável, sendo o Castelo progressivamente substituído pela Fortaleza. Essa transição pautou-se por distintas formas como, por exemplo, a associação de uma torre medieval a um baluarte. Em Portugal, essa transição era liderada pela Escola Italiana, como aliás no resto da Europa, e vai-se materializar na construção da Torre de Belém, no reinado de D. Manuel I.
A defesa do estuário do Tejo - A construção da Torre de Belém, abaluartada, obedece a um critério racional de defesa do estuário do Tejo, implementado por D. João II, e englobado no plano mais vasto da reorganização geral das forças de terra e mar, plano esse continuado por D. Manuel I, e que viria a proporcionar os meios necessários, humanos e materiais, requeridos pela expansão promovida à escala planetária.
Igreja do Menino Deus Lisboa
A Igreja do Menino Deus é uma igreja localizada em Alfama junto ao Castelo de São Jorge, na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, da invocação do Menino Deus. Trata-se de uma peça importante do barroco olisiponense que resistiu ao terramoto de 1755.
Esta classificada como Monumento Nacional desde 1918. A igreja tem estilo conventual, barroco, tendo sido construída por altura do reinado de D. João V (1711). Foi projectada pelo arquitecto João Antunes.
Foi concluída por João Frederico Ludovice. No local havia já um hospital denominado de Mantelatos da Ordem Terceira de São Francisco de Xabregas, que continha uma imagem milagrosa do Menino Jesus.
O rei D. João V, ao ouvir os relatos dos milagre, resolveu erguer um templo, alguns meses antes do nascimento do seu primeiro filho.
A igreja tem semelhanças com a Igreja de Santa Engrácia, situada no Campo de Santa Clara. Possui, no interior, uma capela-mor e oito capelas. Outros elementos incluem altares de talha dourada, pintura de tecto e duas estátuas. Possui também azulejos com temas religiosos.
O pórtico apresenta colunas coríntias.
Teatro Nacional de São Carlos
Teatro Nacional de São Carlos, pron., é a principal casa de ópera de Lisboa, em Portugal. Foi inaugurado em 30 de junho de 1793 pelo Príncipe Regente D. João para substituir o Teatro Ópera do Tejo, que foi destruído no Terramoto de 1755, segundo projeto do arquiteto José da Costa e Silva
Centro Histórico do Teatro Nacional de São Carlos
Após anos de preparação é criado em 2011 o Centro Histórico do Teatro Nacional de São Carlos [CH], ao qual são assacadas as obrigações de identificação, inventariação, classificação de todo o património acumulado, seja ele sob a forma de partituras, cenários, trajes de cena, adereços, instrumentos musicais e até mobiliário, sendo estes apenas alguns exemplos de todo o imenso património existente.
É também função do CH a identificação e localização de colecções particulares e negociar a sua eventual doação ao
TNSC através deste CH, assim como promover a aquisição no mercado de espécies de interesse cultural dentro desta área.
Todo este trabalho justificar-se-ia por si mesmo mas, entende-se como missão:Restaurar a relação com o público tradicional que pelas razões mais diversas se foi afastando dos palcos de ópera;Sensibilizar os jovens para um conhecimento aprofundado do Teatro de São Carlos e sua função social e cultural ao longo da sua existência;
Convento de São Francisco (Alenquer)
O
Convento de São Francisco de Alenquer, localizado na vila de Alenquer, foi um dos primeiros conventos da Ordem dos Frades Menores fundado em Portugal.
Descrição: Através da transformação e doação do seu paço real aos franciscanos, instalados desde 1216 na antiga ermida de Santa Catarina, funda, D. Sancha, em 1222,o convento real de São Francisco. Casa e cerca seriam, mesmo assim, de reduzidas dimensões. O crescimento da comunidade obrigará, com o tempo, ao aumento destes espaços.
Em 1280, a donatária da vila D. Beatriz de Gusmão, mulher de D. Afonso III (que no seu testamento contemplara esta instituição com 50 libras), compra e doa aos frades uma terra para alargamento da cerca. A mesma rainha encarregar-se-á também da construção da igreja conventual. Estas obras, devido às suas frequentes ausências e depois por motivo da sua própria morte, arrastar-se-ão por largos anos.
Igreja da Memória Lisboa
A
Igreja da Memória também conhecida por Igreja de N. S. do Livramento e de S. José, classificada como Monumento Nacional, é uma edificação localizada na Ajuda, Portugal. O início das obras foi por volta de maio de 1760, tendo-se celebrado a cerimónia do lançamento da primeira pedra a 3 de setembro de 1760. Fundada por D. José I, num gesto de gratidão por se ter salvo de uma tentativa de assassínio dois anos antes, em 1758, no local.
O monarca regressava de um encontro secreto com uma dama da família Távora quando a carruagem foi atacada e uma bala o atingiu num braço. Pombal, cujo poder já era absoluto, aproveitou a desculpa para se livrar dos seus inimigos Távoras, acusando-os de conspiração. Em 1759, foram torturados e executados. As suas mortes são comemoradas por um pilar no Beco do Chão Salgado, junto da Rua de Belém.
Esta igreja, também conhecida por Igreja de N. S. do Livramento e de S. José, classificada como Monumento Nacional, foi construída em memória do atentado sofrido por D. José I, em 1758, da responsabilidade da família Távora, e do qual o rei escapou ileso.Iniciada em 1760, segundo projecto do arq. italiano Giovanni Carlo Bibienna, foi concluída pelo arq. Mateus Vicente de Oliveira.Trata-se de uma construção barroca com características neoclássicas, que se impõe pelas linhas equilibradas e harmoniosas, sendo coroada por um zimbório.
O projeto deste templo coube ao italiano Giovanni Carlo Galli da Bibbiena (1717-1760), arquiteto e cenógrafo bolonhês autor do Teatro do Forte ou Teatro do Salão dos Embaixadores no Palácio da Ribeira (1752-1754), Teatro real de Salvaterra de Magos (1753-1792), Teatro real da u00d3pera do Tejo (mar.1755-nov.1755) e do Teatro da Quinta de Cima ou Teatro da Ajuda. Igualmente foi responsável pela Real Barraca da Ajuda e da sua Capela Real.
A igreja da Memória é de arquitetura barroca. É composta por nave, transepto pouco saliente, com cruzeiro circular, com estreitos corredores nos braços e capela-mor. Este possui, nos braços do transepto, tribunas, com guardas semelhantes, sendo rasgada por vãos sobrepostos, colocadas no piso inferior e janelas de varandim no superior. A capela-mor é simples, seguindo as normas pombalinas, e apresenta um simples painel pintado, envolvido por uma moldura de talha, com altar paralelepipédico, tendo pilastras volutadas adossadas aos costados. No exterior surge uma torre sineira, com o interior dividido em tramos por pilastras toscanas duplas, que sustentam as coberturas em abóbadas de lunetas, amplamente iluminada por enormes janelões que se rasgam nas fachadas do imóvel e pelo tambor, óculos e lanternim da cúpula. A fachada principal da igreja é rematada com um frontão triangular, composta por dois registos divididos por entablamento. As fachadas laterais têm tratamento semelhante entre si. Estas apresentam duas partes, sendo o superior recuado. Possuem duas ordens arquitectónicas distintas, toscana no piso inferior e de inspiração coríntia no superior, remetendo para modelos clássicos. Estas mudança de ordem arquitetónicas ocorreu em resultado da substituição dos arquitetos.
As características cenográficas manifestam-se sobretudo no exterior, na multiplicação dos planos que se desdobram artificiosa-mente qualquer que seja o ponto onde o observador se coloque. Para tal concorrem certamente o dinamismo das paredes do piso térreo, como a fachada principal ligada ás laterais por planos côncavos (esquema que se repete a poente, acentuado pela colocação da torre-sineira), e o ligeiro avanço de um corpo central das fachadas sul e norte, num jogo interessante de diferenças de movimento, acentuadas pelo ritmo inconstante das pilastras e dos vãos. Apesar da sequência das pilastra e da interrupção dos ritmos verticais, este piso não perde no entanto a sua clara leitura horizontal, percorrido como está por uma balaustrada, uma cornija e um rodapé contínuos, unificando todo o perímetro do edifício, onde ressalta uma movimentação sobretudo plástica dos diferentes planos da igreja.
A condução das obras até 20 de novembro de 1760, esteve a cargo do arquiteto italiano. Depois do falecimento de Bibbiena, as obras continuaram; contudo, em 1762, pararam por motivos económicos, sendo apenas retomadas em novembro de 1779. Assumindo o cargo o arquiteto Mateus Vicente de Oliveira, sendo o responsável pelo piso superior da igreja, pelo zimbório, cúpula e lanternim. Em 1785, Mateus Vicente morre, ficando por concluir a torre sineira. Em 1788, o bispo do Algarve, D. José Maria de Melo, sagra os dois sinos principais da igreja.
Hoje é a sede da Ordinariato Castrense de Portugal/Diocese das Forças Armadas.
Em estilo neoclássico, a igreja é pequena, mas graciosa com linhas equilibradas e harmoniosas, sendo o interior em mármore com pinturas de Pedro Alexandrino de Carvalho e tendo no exterior uma bela cúpula. Contudo seu pormenor mais significativo é o facto de servir de mausoléu a Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal), que está ali sepultado desde 1923.
Palácio do Marquês de Pombal em Oeiras
O
Palácio do Marquês de Pombal ou Palácio do Conde de Oeiras é um solar típico do século XVIII que fica localizado no Centro Histórico de Oeiras.
Construído sob a vigia do arquitecto húngaro Carlos Mardel na 2u00aa metade do século XVIII, o palácio serviu de residência oficial de Sebastião José de Carvalho e Melo também conhecido por Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, de onde derivou o nome do edifício.
O palácio e jardins caracterizam-se por possuirem elementos arquitectónicos e artísticos (estuques, azulejos, estátuas, etc.) raros e de grande beleza.
O projeto do Palácio contou com a mestria do arquiteto Carlos Mardel, apresentando uma situação estratégica em relação ao primitivo núcleo urbano de Oeiras, sendo o acesso feito por um amplo e cenográfico terreiro. As portas do piso térreo abrem-se ao amplo jardim que prolonga o espaço de sociabilidade – os passeios, as merendas, os jogos, a música e a dança, fazem parte da componente recreativa da quinta, que exibe ainda cascatas, tanques, terreiro dos jogos e um pequeno cais, que permitia navegar na ribeira.
Chafariz dos Canos em Torres Vedras
O
Chafariz dos Canos localiza-se na freguesia de São Pedro e Santiago, na cidade e concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa, em Portugal.
A primeira referência ao Chafariz dos Canos data de 1322, quando o mosteiro de Santa Maria de Alcobaça doou uma soma de dinheiro a um homem para a construção dos ‘canos da agoa que vem pera a villa’ de Torres Vedras.
A sua construção deve-se ao patrocínio do rei D. Dinis (1279-1325), como parecem atestar os representantes da vila e termo de Torres Vedras, Fernam d’Alvarez e João Gil, no pedido que dirigem, anos mais tarde, a D. Afonso V, nas Cortes de Lisboa de 1459, registados nos capítulos especiais: Senhor, em esta vila há edificios de canos por que vem água a um chafariz que está na dita vila, que os reis que Deus tem, com ajuda dos moradores dela fizeram.
Nesta altura, já o chafariz dos canos se encontrava em ruínas, a necessitar de reparação, porque a água já não chegava à vila “por bem dos canos que ham mester grande repairo”.